Irmãos de Sangue

Rui Veloso
Carlos Tíª / Rui Veloso
Ai as tardes nas matas
A folhagem por tapete
Tocando tamborim em latas
E a boca a fazer trompete
Subir pinheiro bela arte
Pintar o í­ndio na cara
Meia rota de estandarte
A flamejar na ponta de uma vara
Aí­ esse tempo
Quando o tempo era largo Madressilva figo verde
E aí­ que doce o verde amargo
Correr solto nos velados
Ser tão ágil como o gamo
Ver a salamandra ao sol
E o pardal de ramo em ramo
Refrão
Eu sou comanche meio apache
Ele navajo e tu moicana
Faço a canoa e pesco o peixe
Tu és o lume da cabana
Pega nessa faca e faz um golpe
Píµe o teu sangue no meu a jorrar
Eu juro trazer o escape
De quem roubar o sol do teu olhar
Refrão