Eu só quero dessa vida é cantar Ver a boca da noite aconchegar O luar que cobre todo o sertão Convida o sol a se atrasar
Quando o sanfoneiro mete o dedo A gente dancando agarradinho Xinelando no barro do chão Sob um cheiro de alfazema no ar
Já é madrugada é de manhã A realidade mudando de cor No olhar sereno do lavrador Mora a saudade de um grande amor
Que sem querer foi embora Isso ão é novidade lá no meu sertão Fiz o mesmo caminho rumando pra capital